Ano - 1950
Motorização - V6 1.8L
História
Lançado em 1950, o Lancia Aurelia B10 foi o primeiro modelo de uma série de carros que se tornariam icônicos para a marca italiana. Projetado sob a direção de Vittorio Jano, o Aurelia B10 representou uma revolução na engenharia automotiva, introduzindo várias inovações tecnológicas. A série Aurelia foi pioneira em vários aspectos e é amplamente reconhecida por introduzir o primeiro motor V6 em um carro de produção, o que marcaria uma nova era para os automóveis de luxo.
Design
O design do Lancia Aurelia B10 era elegante e sofisticado, com uma carroceria aerodinâmica e linhas suaves. Desenhado pelo carrozziere Pininfarina, o veículo apresentava um perfil equilibrado e proporções harmoniosas. O interior refletia a atenção da Lancia aos detalhes, com materiais de alta qualidade e um layout funcional que priorizava o conforto e a ergonomia. O B10 era um sedã de quatro portas, oferecendo espaço generoso para os passageiros e um nível de luxo incomum para a época.
Engenharia
A engenharia do Aurelia B10 foi uma das mais avançadas de sua época. O modelo foi o primeiro a utilizar um motor V6 em um carro de produção, um 1.8 litros com 56 cv, uma inovação que proporcionava uma operação suave e um desempenho notável para a época. O B10 também foi pioneiro no uso de uma transmissão montada na traseira, que combinava a caixa de câmbio com o diferencial, melhorando a distribuição de peso e a estabilidade. Além disso, o veículo apresentava suspensão independente nas quatro rodas e freios a tambor, destacando-se pela sua dirigibilidade e conforto de condução.
Cultura
O Lancia Aurelia B10 desempenhou um papel significativo na história automotiva, sendo reverenciado tanto por entusiastas quanto por especialistas. O modelo foi um precursor dos carros de luxo italianos e estabeleceu um padrão elevado para a indústria. O Aurelia também se destacou nas competições automobilísticas, incluindo a histórica Mille Miglia, onde demonstrou sua capacidade e desempenho, principalmente para uma Berlina.
Ano - 1986
Motorização - VW 4 CIL 1.8L TURBO COMPRIMIDO
A trajetória da Hofstetter Indústria e Comércio de Veículos Ltda., fundada por Mario Richard Hofstetter, teve início em São Paulo, em 1973, quando ele, ainda adolescente, esboçou um projeto inspirado em supercarros italianos como o Alfa Romeo Carabo. O protótipo só ganharia forma anos depois, com chassi próprio e carroceria em fibra de vidro.
Apresentado no XIII Salão do Automóvel de São Paulo, em 1984, o Hofstetter Turbo exibia linhas angulares, carroceria extremamente baixa, faróis escamoteáveis e portas asa-de-gaivota — um design nitidamente futurista para os padrões nacionais da década de 1980.
A produção oficial teve início em 1986, com a meta de fabricar 30 unidades por ano. No entanto, foi encerrada em 1993, após a montagem de apenas 18 exemplares, o que torna o modelo extremamente raro até hoje.
Este exemplar, atualmente exposto no Dream Car Museum em São Roque (SP), é o único Hofstetter produzido com câmbio automático — um conjunto oriundo do Santana, com três marchas. Segundo o próprio Mario Hofstetter, ao ser questionado sobre esse carro, o chassi recebeu leves modificações já na fase de gabarito, pois o câmbio automático tinha dimensões mais largas. Para acomodá-lo, o semi-eixo foi encurtado em 22 milímetros. Anos após sua produção, o carro retornou à fábrica para a instalação de um aerofólio traseiro, também sob supervisão direta de seu criador. Sua raridade, soluções técnicas e desenho marcante o consolidam como peça única da história automotiva nacional.
Ano - 1970
Motorização - V8 7.2L
A Plymouth, parte do grupo Chrysler, buscava dominar a NASCAR no final dos anos 1960. Para isso, desenvolveu o Dodge Charger Daytona em 1969 e, em 1970, o Superbird — com faróis retráteis, nariz em cunha e aerofólio traseiro de aproximadamente 60 cm, que ultrapassava o teto do veículo para gerar downforce nas altas velocidades.
A homologação exigia a produção de 1.920 unidades, regra que garantiu o lançamento do Superbird nas ruas. Entre as opções mecânicas estavam o V8 440 Commando, o 440 Six‑Pack e, acima deles, o lendário 426 HEMI, que gerava até 425 cv e permitia aceleração de 0 a 100 km/h em cerca de 4,8 segundos.
Este exemplar do Dream Car Museum, em São Roque (SP), é um carro raro no mundo todo. Produzido por apenas um ano, o modelo tornou-se uma peça de culto entre entusiastas de muscle cars. Devido a novas regulamentações, sua breve trajetória nas pistas foi suficiente para marcar época. Muitos dos exemplares originais foram modificados ou desmontados ao longo das décadas, o que torna os sobreviventes em estado original ainda mais valiosos.
Ano - 1951
Motorização - 4 CIL 1.8L
O Mercedes-Benz 170 S é um carro de luxo produzido pela Mercedes-Benz de 1949 a 1955 em vários modelos movidos a gasolina e diesel. Inicialmente, foi oferecido com uma versão de 1,8 litro do motor M136 de quatro cilindros em linha e 1,7 litro, usado no modelo de produção ligeiramente menor, o 170 V. Foi o primeiro Mercedes-Benz a ostentar em seu nome o sufixo "S" (de Sonder modell - modelo especial), denotando um nível superior de conforto e qualidade. Como tal, seu público-alvo eram empresários e diretores de empresas bem-sucedidos.
O 170 S foi lançado em maio de 1949, inicialmente compartilhando o número de chassi do W136 170 V, e se assemelhava bastante a ele. No entanto, em vários aspectos, era mais diretamente um desenvolvimento do W153 Mercedes-Benz 230 de seis cilindros, que a empresa havia produzido, embora em pequenas quantidades, entre 1938 e 1943.
A primeira atualização do 170 S ocorreu em janeiro de 1952, distanciando-se ainda mais do 170 V com seu próprio número de chassi W191. O lançamento, pela Mercedes, um ano antes, do luxuoso modelo 220 Mercedes-Benz W187 com motor M180 de 2,2 litros e seis cilindros, posicionado entre o 170 S e o carro-chefe da empresa, o Mercedes-Benz W186 Adenauer Tourers de 3,0 litros que minou o nicho de luxo do 170 S de quatro cilindros.
Com a chegada do novíssimo Mercedes-Benz W120 180 "Ponton" de 1,8 litro em 1953, o 170 S foi descontinuado e um 170 S-V, que empregava o motor maior do 170 S, com a carroceria ligeiramente menor do 170 V, foi introduzido. Retornando ao código de chassi W136, o S-V foi produzido até 1955.
Ano - 1969
Motorização - V8 6.2L
O Rolls-Royce Silver Shadow de 1969 é um sedan de luxo inglês, equipado com motor V8 de 6.2 litros e freios a disco nas quatro rodas, além de outras inovações. Foi o primeiro modelo da Rolls-Royce com construção monobloco, o que permitiu maior espaço interno e menor peso.
Dotado de equipamentos e luxos exclusivos, possui três sistemas de freios, suspensão traseira independente, portas, capô e tampa do porta-malas em alumínio, além do conforto de ter dois rádios, dois sistemas de ar-condicionado, estofamento em casimira e tapetes em lã de carneiro. Em 1969, o Silver Shadow foi dotado, pela primeira vez, com divisória na sua versão mais longa, LWB (Long Wheelbase).
Este modelo representou uma mudança para a Rolls-Royce, combinando o luxo tradicional com inovações técnicas e design moderno para a época, tendo se tornado um modelo icônico da tradicional fabricante inglesa e sendo apreciado por colecionadores e entusiastas do mundo inteiro.
Este exemplar aqui exposto, em especial, participou do Salão do Automóvel de Paris em 1969 e foi utilizado pela fábrica em diversos materiais de propaganda da época.
Características:
Carroçaria: monobloco, longa (LWB - Long Wheelbase) com divisória
Freios: a disco nas quatro rodas
Câmbio: TH400 de 3 marchas
Ano - 1962
Motorização
GM 6 CIL
GASOLINA
4 MARCHAS
Ônibus totalmente restaurado que serviu de transporte escolar para alunos do Colégio Dante Alighieri até o fim da década de 1980.