Ano - 1974
Motorização - 1600cc
O VW 1303 Cabriolet é a versão conversível do icônico Volkswagen Beetle, produzido pela Karmann entre 1949 e 1980. Este modelo se destacou por sua carroceria reforçada para compensar a falta do teto rígido e por seus acabamentos de alta qualidade, o que o tornou muito popular entre os entusiastas. A produção do Cabrio começou em 1949, quando Wilhelm Karmann adquiriu um modelo e iniciou o desenvolvimento da versão descapotável. A fabricação foi realizada pela Karmann em Osnabrück, após a Volkswagen dar sinal verde ao projeto. O 1303 Cabrio, introduzida em 1972, alcançou fama internacional, sendo admirado por sua confiabilidade, mecânica simples e qualidade de construção. A produção do 1303 Cabrio foi encerrada em 1980, com o último exemplar saindo da linha de produção em 10 de janeiro.
Diferenciais do 1303:
O 1303 Cabrio foi projetado com reforços estruturais.
Suspensão dianteira McPherson:
A adoção da suspensão dianteira McPherson, mais moderna e eficiente, proporcionou melhor dirigibilidade e conforto.
Motor 1.6L:
O 1303 Cabrio frequentemente utilizava um motor 1.6L, mais potente que os motores anteriores.
Acabamentos de qualidade:
O modelo se destacava por seus acabamentos superiores, incluindo um teto macio de alta qualidade e detalhes como as lanternas traseiras maiores.
Ano - 1962
Motorização - 4 CIL 1200cc
Popularmente conhecido como Fusca, o modelo foi produzido entre 1938 e 2003. Foi o carro mais vendido no mundo somando mais de 21 milhões de unidades produzidas.
Com projeto de Ferdinand Porsche, motor traseiro refrigerado a ar, dois protótipos foram produzidos na Alemanha em 1936, que após longos testes de rodagem, entraram em produção (pequena) no ano de 1937.
A partir de 1950 o fusca começou a ser importado para o Brasil, eram os famosos “Split Window” com motor de 1100 cilindradas e em 1959 começa a ser produzido no Brasil com peças importadas.
O modelo exposto é do ano de 1962 na cor “azul pastel”. Neste ano a versão passou a ter chassi nacional, mudança nos faróis, nova lanterna bicolor na traseira. O motor seria 1200cc e cambio sincronizado de quatro marchas.
Sempre muito querido por todos, o fusca recebeu vários apelidos ao redor do mundo, como por exemplo:
Portugal – Carocha
Bug – EUA
Maggiolino – Italia
Escarabajo – Espanha
Vocho – Mexico
Ano - 1966
Motorização - 1200cc
Os planos de crescimento da empresa no Brasil fizeram com que a VW resolvesse produzi-lo localmente. Em 1960 a Karmann abriu uma fábrica em São Bernardo do Campo, São Paulo, e em 1962 o primeiro Karmann-Ghia brasileiro saiu da linha de montagem, muito semelhante ao modelo vendido no mercado europeu.
Em 1967 a motorização inicial de 1200cc e 36 hp SAE foi substituída pelo motor 1500cc, de 52 hp SAE, conferindo um pouco mais de "esportividade" ao modelo e levando-o, segundo a fábrica, aos 138 km/h de velocidade máxima. Assim, o desempenho ficava um pouco mais condizente com o aspecto, pelo menos para os padrões da época.
Além disso, o sistema elétrico passou de 6V para 12V, e o desenho das lanternas traseiras foi modificado.
No final de 1967 foi lançado o Karmann-Ghia conversível, que atualmente é um dos modelos brasileiros mais raros e valorizados. Foram produzidas apenas 177 unidades.
Em meados de 1969 ocorreu o aumento da bitola traseira e do corte dos paralamas traseiros, o que deixou a roda traseira mais visível.
Em 1970 o Karmann-Ghia ganhou o novo motor 1600cc de 60 hp SAE - que tinha um torque maior. Agora eram 10,8 kgfm a 2800 rpm, contra 10,2 kgfm a 2600 rpm do antigo 1500, que respondiam por mais força em arrancadas e retomadas. O sistema de freios foi substituído por freios a discos na dianteira e o modelo dos parachoques passou a ser uma única lâmina com dois batentes com protetores de borracha. Também nesse ano foi lançada a versão TC, com inspiração nos modelos Porsche. Esta reformulação na linha do Karmann-Ghia não foi suficiente para dar sobrevida aos modelos. Em 1971 a Volkswagen do Brasil decidiu começar os preparativos para tirar de linha o modelo tradicional e em 1972 foi a vez da versão TC ter a produção iniciada. O modelo europeu ainda seria fabricado até 1974, totalizando 24600 unidades cupê e 177 conversíveis, enquanto o TC permaneceu até 1975, com um total de pouco mais de 18000 unidades produzidas.
Ano - 1977
Motorização - VW 1600cc
Sonho de consumo nos ano 1970/80. Com belo design, suas linhas foram inspiradas nos automóveis italianos tornando o esportivo nacional de maior sucesso, sendo o modelo de maior volume da produção da marca. Este, na cor branco paina, tem 93 % de originalidade. Com motorização VW 1600 a ar, com dupla carburação gerando 60 HP, freios a disco na dianteira e câmbio de 4 marchas tinha um bom desempenho para a época devido ao baixo peso da carroceria de fibra de vidro. Internamente equipado com toca-fitas Rodstar e equalizador Tojo, coqueluche da época, e bancos em couro.
Produção total do modelo GTE = 8705 unidades
Produção em 1977 = 1471 unidades
Produção total de 1966 a 1984 = 21595 unidades
Ano - 2006
Motorização - 1.8 TURBO
Desenvolvido entre 1999 e 2005, com três protótipos construídos anteriormente ao início da produção. Foram 42 unidades fabricadas em Cotia, SP, entre 2005 e 2012. A marca Lobini faz referência aos nomes do fundador da empresa, José Orlando Arrochela Lobo, e ao designer e engenheiro chefe, Fábio Birolini. A designação do modelo, H1, é uma homenagem ao engenheiro britânico Graham Holmes, que trabalhou no projeto entre 2001 e 2003. O Lobini H1 é o automóvel de produção nacional mais rápido de todos os tempos, fazendo de 0 a 100 km/h em cerca de 5 segundos, e tendo uma velocidade máxima superior a 235 km/h. O seu desenvolvimento contou ainda com a participação de Dave Minter, chefe de desenvolvimento de chassis do Lotus Elise S1. Mais de 1000 horas de computador foram utilizadas no projeto do seu chassis tubular em aço e mais de 100 horas foram gastas no aperfeiçoamento aerodinâmico da sua carroceria, em laboratório da Universidade de São Carlos, SP.
O Lobini H1 é propulsionado por motor Audi/VW 1.8 Turbo 4 cilindros 20 válvulas, de 190 hp, pesa 1050 kg e tem câmbio de 5 marchas manual. O conjunto motriz é transversal e tem posição central traseira, com tração traseira. A suspensão é de braços A tanto no eixo dianteiro como no eixo traseiro, desenvolvida especificamente para o carro. Dispõe ainda de ar-condicionado, direção hidráulica, volante regulável em altura e profundidade, vidros e retrovisores elétricos e equipamento de som Alpine. A capota em formato targa, quando removida, repousa sobre o capô do motor.
Ano - 1978
Motorização - V8 5.0L
O maior carro já produzido no Brasil tem suas raízes nos Estados Unidos, país sede da Ford, a fábrica que criou e trouxe ao púlbico a linha Galaxie. Em 1959 o nome Galaxie 500 surge anunciando a versão top de linha do sucesso Fairlane, até então o mais cobiçado sedan da marca. O nome é uma alusão a era da corrida espacial (Galaxie – remete a palavra inglesa Galaxy) e o número 500 é inspirado na vitória da 500 milhas de Daytona (1958). Em 1960 o Galaxie 500 torna-se o sucessor natural da família Fairlane (em atividade desde 1956).
Em 1966 o Galaxie americano serve de inspiração para sua versão brasileira, apresentado ao mercado brasileiro no V Salão do Automóvel de São Paulo, em 1967. Carroceria majestosa de 5,40m de comprimento e 1,99m de largura, pesando 1780 quilos, equipado com motor V8 Y-Block 272 de 4,5 litros (4.458 cm³) que rendia 164 hp brutos. O Galaxie continuou como o absoluto rei entre os modelos da Ford, evoluindo ao longo dos anos, apresentando as versões Galaxie 500, LTD e Landau (versão top de linha). Para a linha 1976, o Galaxie passou por grandes mudanças estéticas. Os faróis passaram a ser dispostos horizontalmente, assim como as lanternas traseiras, estas divididas em 3 segmentos em cada lado. Ganhou um novo motor, que já equipava o Ford Maverick GT, o 302 Windsor, de 5,0 litros (4.950 cm³), que geravam 199 hp.
Em março de 1978, passa a ser produzida a então conhecida Série II do Galaxie, exatamente como nosso exemplar. Toda a linha recebia novo volante de 4 raios, dois cintos retráteis no banco dianteiro, pneus radiais, faróis de iodo, limpadores de pára-brisa de funcionamento intermitente, parabrisa laminado, além de novo padrão de estofamento desde sua estrutura até o tecido. Na parte mecânica a suspensão foi recalibrada com novos amortecedores, além de novas cores como o Cinza Executivo Metálico, exclusiva para o Landau. Com a crise do petróleo de 1979, ocorre queda gradual das vendas. O último exemplar do Galaxie Brasileiro saiu da linha de montagem em 3 de fevereiro de 1983.
Este exemplar é um sobrevivente, totalmente original, sem restauração, exatamente como saiu da concessionária em 1978. Tem acervo completo de documentos, nota fiscal de compra, certificados e licenciamento aos longos dos seus 47 anos. Era o carro mais luxuoso e completo que se poderia comprar no Brasil em 1978. Nosso exemplar foi vencedor em inúmeros eventos, sendo premiado em 2024 no maior encontro de autos antigos do Brasil, o Encontro Brasileiro de Autos Antigos de Aguas de Lindoia.
Ano - 1968/69
Motorização - 6 CIL 3.8L
O Opala estreou no 6º Salão do Autómovel de São Paulo em 1968 com duas versões de acabamento, Standard e Luxo, e somente como Sedan de quatro portas, sendo equipados com o motor 2500 de quatro cilindros (80 cv) ou 3800 de seis cilindros 125 cv, todos com transmissão manual de três velocidades, como a unidade exposta no evento Divina Macchina, e que curiosamente era de uso exclusivo do Presidente da GM-Brasil na ocasião. Em 1971 foi lançada a versão Coupé 2 portas sem a coluna central, como também a Caravan, denominada entre nós como “perua”, equipadas então com freios a disco com servo-assistência e ar-condicionado. Posteriormente, foram diferenciadas em “luxo” como Standard, Comodoro e Diplomata, até 1992.
Ano - 1991
Motorização - 2 CIL 800cc
A Gurgel Motores foi uma das experiências mais significativas de indústria automobilística genuinamente brasileira. Fundada em 1969 por João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, a empresa nasceu com a proposta de desenvolver veículos simples, acessíveis e adaptados à realidade nacional, utilizando soluções técnicas próprias, como o sistema de tração Selectraction e a estrutura em Plasteel — um composto de aço e fibra de vidro.
Nos anos 1980, a Gurgel iniciou um ambicioso projeto de mobilidade urbana com o modelo BR-800, um carro compacto voltado para o uso diário nas grandes cidades. A partir dessa base, nasceu o Motomachine, uma variação mais radical e conceitual, apresentada como um carro urbano de dois lugares com perfil futurista e dimensões extremamente compactas.
Lançado em 1990 e produzido até 1992 em quantidades muito limitadas, o Motomachine tinha estrutura em Plasteel, carroceria sem portas, capota removível e parabrisa inclinado. Pesando cerca de 470 kg, utilizava o motor Enertron de 800 cm³ e 30 cavalos, desenvolvido internamente com base no motor VW a ar, e um câmbio de quatro marchas. Sua proposta era clara: oferecer um veículo para deslocamentos curtos, com custo reduzido, manutenção simples e caráter ousadamente urbano.
O exemplar de 1991 pertence ao ciclo final da marca, pouco antes do encerramento das atividades da Gurgel em 1994. Com estética provocadora e proposta funcionalmente inovadora para o contexto brasileiro, o Motomachine se tornou, com o tempo, uma peça cult da indústria automotiva nacional — símbolo de uma tentativa corajosa de reinventar o transporte urbano com identidade própria.