LANCIA
LANCIA
A Lancia foi fundada no início do século XX por Vincenzo Lancia e Claudio Fogolin, em um momento em que Turim emergia como a capital automobilística da Itália. Ambos eram colegas na Fiat e decidiram abrir sua própria empresa, inicialmente produzindo motores e chassis, com carrocerias terceirizadas. O primeiro modelo, o Lancia 12 HP, foi lançado em 1908 e rapidamente ganhou destaque por sua elegância e inovações. A empresa expandiu-se rapidamente, e em 1911 inaugurou uma nova planta em Borgo San Paolo, sinalizando o crescimento da produção e a modernização das suas instalações industriais.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a Lancia redirecionou sua produção para veículos militares, o que gerou receitas significativas e permitiu a modernização da empresa no pós-guerra. Nos anos 1920 e 1930, a marca consolidou sua reputação com modelos como Lambda, Dilambda, Astura e Aprilia, que se destacaram pela inovação e estilo. A morte inesperada de Vincenzo Lancia em 1937 marcou o fim de uma era, com sua esposa Adele Miglietti assumindo o controle da empresa. Após a Segunda Guerra Mundial, a Lancia se reergueu, lançando modelos icônicos como o Aurelia, o primeiro carro do mundo com motor V6, e reforçando sua presença em competições automobilísticas sob a liderança de Gianni Lancia, filho de Vincenzo.
Nos anos 1950 e 1960, a Lancia enfrentou dificuldades financeiras, agravadas pelo fracasso de vendas de alguns modelos e os custos elevados das atividades de Fórmula 1. Em 1956, a família Lancia vendeu a empresa para Carlo Pesenti, que reorganizou a marca e assinou um acordo de não concorrência com a Fiat, focando em segmentos de carros de maior cilindrada. Durante essa fase, modelos como Flaminia, Flavia e Fulvia foram lançados, e a abertura de uma nova planta em Chivasso consolidou a posição da Lancia no mercado. No entanto, problemas financeiros e elevados custos de produção forçaram a venda da empresa para a Fiat em 1969.
Sob a gestão da Fiat, a Lancia passou por uma reestruturação que culminou no lançamento de modelos como Beta e Stratos, com este último dominando as competições de rally por duas décadas. Embora os sucessos nas pistas tenham contribuído para o prestígio da marca, a Lancia gradualmente se afastou das competições nos anos 1990. Nas décadas seguintes, a Lancia tentou reinventar-se com modelos como Ypsilon e Thesis, além de adaptar-se às novas demandas do mercado, incluindo a entrada na mobilidade elétrica. O novo logo "Progressive Classic" lançado em 2022 simboliza essa nova era, combinando elementos históricos com um design contemporâneo, representando a inovação e o futuro da marca.
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